teatro
As propostas para a apresentação de espectaculos de teatro no ACARTE serão tantas e tão diversas que Madalena Perdigão, do ACARTE, recorrerá à constituição de um Conselho Consultivo do Teatro, formado por Luiz Francisco Rebello, Norberto Ávila, José Oliveira Barata e Carlos Wallenstein (da FCG), para as avaliar. Da consulta dos seus dossiers e da entrevista a dois dos seus membros, José Oliveira Barata e Luiz Francisco Rebello, destacam-se, como factores importantes na ponderação das propostas aceites elementos como:
– a falta de salas, à época, tecnicamente bem apetrechadas a nível nacional para acolher algumas propostas, sobretudo internacionais.
– o facto de uma série de textos clássicos e canónicos do teatro ocidental se encontrarem, à data, quase integralmente por representar no país.
– as várias gerações de teatro Europeu desde o Pós II Guerra Mundial aos anos 80 (e a conseguinte discussão sobre o que deveria ser apresentado com mais urgência).
Relembre-se o que está escrito no programa do ACARTE:
“4. O QUE PRETENDEMOS FAZER
4.1 No TEATRO
Produções próprias, no caso de projectos multidisciplinares.
Colaboração com Companhias ou Grupos portugueses (incluindo a possibilidade de coprodução), designadamente com Companhias ou Grupos com características de itinerância.
Apresentação de pequenas Companhias ou Grupos de teatro estrangeiros.
Promoção de jovens autores, privilegiando projectos com características de pesquisa.”
Em 1986, no programa do ciclo Retorno à Tragédia Madalena Perdigão acrescentará:
“Porque o ACARTE deu uns primeiros passos no caminho do Teatro – logo no início das suas actividades, e a propósito da Exposição retrospectiva de Almada Negreiros – foram inúmeros os projectos que neste domínio lhe foram posteriormente apresentados, provenientes tanto de Portugal como do estrangeiro. Isso fez com que as linhas de rumo fixadas pelo Serviço (prioridade às peças de autores nacionais e a projectos multidisciplinares) se revelassem insuficientes para a selecção inevitável das propostas que havia a fazer. Daí o ter-se criado o Conselho Consultivo de Teatro, constituído pelo Prof. Doutor José de Oliveira Barata, Dr. Luís Francisco Rebello, Norberto Ávila e Carlos Wallenstein, para permitir elaborar um juízo mais competente e mais profundo dos· projectos que iam sendo apresentados.”
No entanto, as apresentações de teatro no ACARTE, frequentemente inseridas em iniciativas temáticas e festivais ultrapassarão frequentemente estes âmbitos, sendo possível encontrar um conjunto muito distinto de propostas nacionais e internacionais.
“Porque o ACARTE deu uns primeiros passos no caminho do Teatro – logo no início das suas actividades, e a propósito da Exposição retrospectiva de Almada Negreiros – foram inúmeros os projectos que neste domínio lhe foram posteriormente apresentados, provenientes tanto de Portugal como do estrangeiro. Isso fez com que as linhas de rumo fixadas pelo Serviço (prioridade às peças de autores nacionais e a projectos multidisciplinares) se revelassem insuficientes para a selecção inevitável das propostas que havia a fazer. Daí o ter-se criado o Conselho Consultivo de Teatro, constituído pelo Prof. Doutor José de Oliveira Barata, Dr. Luís Francisco Rebello, Norberto Ávila e Carlos Wallenstein, para permitir elaborar um juízo mais competente e mais profundo dos· projectos que iam sendo apresentados.”.