Sobre

Na imprensa pode ler-se:

Na entrevista ao grupo de bailado Aparte […], vem uma citação mínima que diz: “O Aparte é a única entidade interessada em promover as novas tendências da dança”. Ora, o que se passa é que não é Aparte, mas sim Acarte, sigla do serviço dirigido pela Dr.ª Madalena Perdigão da FCG, na íntegra, Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte. Num País em que a Secretaria de Estado da Cultura e outras entidades oficiais votam tudo o que é novo ao abandono e esquecimento, esta senhora é a única pessoa que ainda dá hipóteses a novos grupos e a novas artes de mostrarem o seu trabalho, correndo a mesma, muitas vezes, o risco de ser sujeita à crítica pela sua ousadia. Por ser demasiado importante e por querermos realçar o trabalho desenvolvido em Portugal pelo serviço Acarte da FG, não podemos deixar de fazer a devida correcção. Se somos rigorosos na crítica, também o queremos ser no reconhecimento que devemos a determinadas pessoas.” (A Capital, 26-1-1989)

 

O APARTE (Agentes de Pesquisa na Área da Arte) está no ACARTE: […] Foi um espectáculo bem ritmado e cheio de imaginação. A sessão foi dividida em três partes: Floresta, A Sílfide e Com(m)certo Sentido. A primeira parcela do espectáculo foi acompanhada com um filme sobre a floresta […]. Segue-se um “intermezzo” burlesco. […] A última parte dedicou-se a temas mais emocionais. […] A interpretação dos bailarinos demonstra uma técnica perfeita (com influências nítidas de Mercê Cunningan), que se notava na certeza com que executavam os movimentos.  (Maria Vargas e Adriana Macedo, Europeu, 20-1-1989)

 

Não estamos, de forma nenhuma, a tentar ser os originais dos originais, não procuramos a originalidade a todo o custo, mas a verdade é que o nosso grupo é quase uma ilha”, disseram a “A Capital” elementos do grupo Aparte […] “Queremos experimentar mais coisas no campo do espectáculo, várias maneiras de fazer espectáculo”, declara João Natividade, bailarino do grupo […] “Viemos de vários lados e de formações diversas: é o bonito que este grupo tem. Fartámo-nos de levar tanta chapada, de outros lados, que nos juntámos para ter o grande prazer de trabalhar em conjunto […]”

[…] “Como grupo, fomos pioneiros na utilização da música ao vivo: como se sabe, a maior parte das vezes a dança utiliza música gravada ou de orquestra.” (A Capital, data não identificada, arquivo do ACARTE)

 

Esta iniciativa do Acarte [ciclo Dança Portuguesa Contemporânea], um serviço ligado ao experimentalismo e à novidade, reuniu três apresentações de dança: Rui Horta e amigos, Aparte e, por fim, o Dança Grupo […]. Três nomes apenas numa mostra nacional demonstram que estamos num país pobre em dança. […] O Dança Grupo tem potencial. Ele está bem patente em certas passagens, das quais se destacam as camisolas (de criação colectiva), em que os bailarinos executam uma série de figuras com muito impacto; e a coreografia de Luís Carolino utilizando cadeiras. Uma peça cheia de pulso e energia, a provar a urgência do desenvolvimento desse potencial, através de novas criações e estudo, errando e acertando… (Maria Vargas e Adriana Macedo, Europeu, 24-1-1989)

Ficha Técnica

coreografia

MARGARIDA BETTENCOURT E JOÃO NATIVIDADE

músicas originais e interpretação

CARLOS ZÍNGARO

figurinos

JOÃO NATIVIDADE

produção

BONIFÁCIO HUMBERTO