Sobre

Por ocasião de mais uma Festa Europeia da Música, Madalena Perdigão traça em retrospectiva a acção do ACARTE no âmbito da Música:

Com ou sem pretexto, todas as ocasiões são boas para fazer musica e para a fruir. Musica de todos os géneros e de todas as épocas, da erudita à tradicional e folclórica, da medieval, clássica, romântica ate contemporânea. Apesar da existência, na Fundação Calouste Gulbenkian, de um Serviço especificamente dedicado à Musica, o Acarte, fiel à sua vocação multidisciplinar, tem procurado complementar a acção daquele Serviço, em áreas não contempladas pelo mesmo e aproveitando, por outro lado, os tais pretextos: o Dia Mundial da Musica, em 1 de Outubro (UNESCO), o Dia Internacional dos Museus (ICOM), 18 de Maio, o Dia Mundial do Ambiente e o Dia Mundial da Criança, em 1 de Junho e também a Festa Europeia Da Musica, em 21 de Junho. A ideia desta Festa partiu da Direcção da Musica e da Dança, quando o seu titular era Maurice Fleuret, durante o primeiro mandato de Jack Lang como Ministro da Cultura de França. o começo do Verão, com a possibilidade de organização de manifestações ao ar livre, o propósito de alargar o gosto pela musica e pela dança a camadas populacionais mais vastas, o desejo de acentuar o aspecto lúdico da musica – foram alguns dos motivos e dos objectivos que caracterizaram as primeiras Festas da Música. Vários países europeus aderiram então à iniciativa, entre os quais Portugal, e, muito especialmente o Acarte, que continua a comemorar o dia 21 de Junho, embora a tradição se tenha perdido, parece, mesmo na própria França. Como deixei explícito, qualquer ocasião, qualquer pretexto e bom para celebrar, nos seus diversos aspectos, a Musica, essa linguagem universal que a todos enriquece e vivifica.

 

Junho 1989
Maria Madalena de Azeredo Perdigão

 

GRUPO ETNOGRÁFICO DE VILA PRAIA DE ÂNCORA

GRUPO DE MÚSICA NOVA

Direcção

CÂNDIDO LIMA