Sobre

Continuam as marionetas no ACARTE.

Na imprensa pode ler-se:

 

Teatro de marionetas mostra evolução no Acarte
Entre os dias 28 e 7 de Maio, no Acarte, duas tendências aparentemente opostas, na realidade complementares, terão oportunidade de provar a vitalidade desta forma de representação. Durante os últimos 20 anos deu-se um ressurgimento do espectáculo de marionetas, conjugando a recuperação das velhas tradições e a transformação em sintonia com os movimentos de vanguarda. […] Filosofia diversa [da do Grupo Contadores de Histórias] preside à actividade dos Bonecos de Santo Aleixo, ligados ao Centro Cultural de Évora. Os Bonecos possuem, segundo Michael Giacometti, “qualidades de rigor e fantasia na expressão e pertencem a um tipo que é antepassado de toda a espécie, se em que as actuais figuras não sejam senão a cópia, datando de 1940, dos modelos originais. (Diário de Notícias, 25-4-1989)

 

Entre o teatro e a performance, esta realização cénica que dispensa totalmente o uso da palavra “fala” de uma mulher nas diferentes fases do tempo que lhe cabe, desde a adolescência à senilidade. […] o trabalho dos brasileiros [o Grupo de Contadores de Histórias] não é dedicado às crianças, como seria de prever em princípio, mas aos adultos. […] Explique-se, pois: “Maturando” aproveita a técnica japonesa do teatro bunraku e a sua linguagem contida e eivada de simplicidade e mistura-a com um brasileirismo personalista. (Rui Eduardo Paes, Diário de Lisboa, 28-4-1989)

 

Como nos dizia um dos responsáveis, José Cayolla, tudo principiou como por acaso com a vinda de um grupo de marionetas brasileiro. Como o auditório portuense presta apoio à programação da ACARTE, e depois de ajudas de entidades como os institutos Francês e Italiano, bem como algumas entidades privadas…  (Jornal de Notícias, 3-5-1989)

 

É esta a realidade hoje: ser Lisboa a receber companhias que pelo país fora dizem da possibilidade de uma descentralização teatral. Essa foi, sem dúvida, uma das consequências mais importantes do 25 de Abril no nosso panorama cultural, mas, infelizmente, poderá estar a ser hipotecada essa grande aposta, sobretudo por falta de mais efectivos apoios. De facto, tem sido ultimamente política da SEC diminuir o número de subsídios regulares a atribuir a companhias na descentralização, preferindo conceder antes subsídios de montagem e esperar por parte dos poderes autárquicos uma maior participação […]. Passaram pelo CAM em mais uma breve digressão os Bonecos de Santo Aleixo quando regressavam do Porto onde tinham participado no Festival Internacional de Marionetas. (Maria Helena Serôdio, O Diário, 20-5-1989)

 

GRUPO CONTADORES DE HISTÓRIAS