Sobre

 

Joelle Bouvier e Régis Obadia oferecem-nos um espectáculo em que o depressivo se torna belo e digno de um olhar despojado de preconceitos. Un Imprudent Bonheur é um trabalho notável, em que a nostalgia que Christine Buci-Glucksmann pretende opor ao niilismo da arte esteve presente do princípio ao fim e com êxito, afirmou-se, na e pela arte que não morreu. Auf dem Gerbirge hat man ein-Geshrei gehort Com este título (ouviu-se uma gritaria na montanha), Pina Bausch ofereceu-nos 3 horas de vivência acelerada, num trabalho realizado pelo TANZTHEATER WUPPERTAL que ela dirige. […] Tudo o que Pina Bausch fez foi simples. Demasiado simples até. Um palco enorme (o do grande auditório da Fundação) coberto de terra. Actores-bailarinos que fogem, horrorizados, por entre o público. […] Pina Bausch acabou de vez com o ballet romântico. A linguagem é outra, os sentimentos são outros. (Álvaro Teixeira, Jornal do Norte, Vila Real, 15-11-1989)

 

 Às tantas percebemos que o que falta à coreografia de Joelle Bouvier e Regis Obadia [Un imprudent bonheur], por vezes até apresentando desenhos sinceramente interessantes, é aquilo que está a mais no lugar do arquétipo. [… ] Não, realmente não é possível levar ”Un imprudent bonheur” a sério, e no entanto foi o espectáculo com menos sentido de humor que vimos ultimamente. Tudo aquilo era demasiado trágico, dramático, pungente […]. Uma tristeza, tudo isto. (Rui Eduardo Paes, Diário de Lisboa, 25-9-1989)

Ficha Técnica

Coreografia

JOELLE BOUVIER; REGIS OBADIA

Bailarinos

JOELLE BOUVIER; REGIS OBADIA; ERIC GOIZET; LILO BAUR