Sobre

Na imprensa pode ler-se:

Lembremos que o grupo [companhia Marionetas de São Lourenço]foi fundado em 1978 por Helena Vaz, José Alberto Gil e Fernando Serafim, e começou por se chamar Marionetas de São Lourenço e o Diabo, apêndice que posteriormente perdeu, não fosse o diabo tecê-las. […] Justamente considerado um grupo criador de espectáculos de características especiais, pela forma e tamanho das marionetas e pelo tipo de manipulação utilizado (são como que vestidas pelos manipuladores), pela qualidade musical dos seus espectáculos, as Marionetas de São Lourenço conquistaram um prestígio junto do público e da crítica que se estendeu ao estrangeiro, por onde tem efectuado largas digressões. […] Trata-se […] de um dos mais ambiciosos e interessantes espectáculos recentes das Marionetas de São Lourenço que certamente virá a melhorar, se tiver oportunidade para isso.” (Carlos Porto, Diário de Lisboa, 21-9-1989)

 

Nos jardins da FG, no anfiteatro ao ar livre, tivemos um espectáculo que saiu da rotina, integrado nos Encontros Acarte 89, numa realização que honra os artistas portugueses. […] A ideia da “visualização” dos Nocturnos partiu da própria Maria João Pires. Ideia interessante, mas difícil de pôr de pé, admito. (Maria Helena de Freitas, Diário Popular, 22-9-1989)

 

Maria João Pires e o “Retáblo” de Falla

Claro que era de prever um certo número de factores desfavoráveis, aliás inerentes a espectáculos deste género e naquele local, para mais numa região de clima tão instável, as condições acústicas e sobretudo atmosféricas, não especialmente indicadas para o rendimento e afinação dos instrumentos; o ruído dos aviões que passavam de vez em quando; a exiguidade ou, mais propriamente, a disposição do espaço reservado à orquestra, que teve de se acomodar quase em fila indiana… A isto vieram juntar-se alguns pormenores, digamos, mais fortuitos; o atraso excessivo com que foi permitido o acesso do público ao recinto e com que o espectáculo se iniciou, em relação à hora prevista; os acidentes com a instalação eléctrica que obrigaram a interromper por duas vezes o Retablo… […] Prova de que o programa tinha algo de molde a motivar esse público que acorreu e, com muitas escassas excepções, resistiu, não virou costas! Quanto à interpretação de Maria João Pires, foi realmente de antologia. (Nuno Barreiros, Diário de Lisboa, 21-9-1989)

 

Ficha Técnica

Com

ORQUESTRA SINFÓNICA DA RADIODIFUSAO PORTUGUESA

Dirigida pelo Maestro

SILVA PEREIRA

Solistas

HELENA AFONSO, JOSE MANUEL ARAUJO, ALVARO MALTA