Sobre

Segundo a imprensa da época: “o Festival do Labirinto, na Fundação Calouste Gulbenkian, […] deixou a impressão de ter ficado aquém das expectativas que naturalmente a iniciativa permitia, quer no Espectáculo que dela fazia parte, quer a Exposição.” (Diário de Lisboa, 18-7-1984)

Curiosamente, no que ao espectáculo diz respeito, tal parece dever-se, em parte, a dificuldades de ordem técnica motivadas pelo apetrechamento ainda insuficiente do Anfiteatro ao Ar Livre, como nos faz notar António Mega Ferreira: “Uma aposta parcialmente falhada: apresentada como um espectáculo multimédia. […] Mas o todo é pobre ou, para ser mais rigoroso, desinteressante. Jean Clarence Lambert reconhece a insuficiência do espectáculo, mas queixa-se “das condições do lugar”: o anfiteatro ao ar livre dos jardins da Fundação. Inicialmente, diz Lambert, «este projecto era o desenvolvimento do texto dramático que apresentámos em Paris, em Maio, no Centro Cultural Português. Mas a possibilidade de o fazermos ao ar livre, levou-me, depois do reconhecimento do local, a trabalhá-lo de propósito, para adequar às condições existentes.» […] O que aconteceu então? «quando começámos a trabalhar com os actores apercebemo-nos que o teatro não tinha quaisquer condições acústicas: tínhamos de recorrer a microfones pessoais, funcionando em ligação com um sistema de antenas postas em redor do espaço, que por sua vez transmitiam o som à aparelhagem. Tudo isto complicou extremamente a encenação.» (JL, 27-07-1984).

Ficha Técnica

Espectáculo O Homem no Labirinto

JEAN LOUP PHILIPPE / JEAN CLARENCE LAMBERT