sobre
A imprensa dá conta da iniciativa:
Não foi por acaso que o Serviço de Animação, Criação Artistica e Educação pela Arte – ACARTE – promoveu a apresentação de Charcuterie Fine e, ao mesmo tempo, uma exposição de fotografias de Carlos Medeiros, bem como um video de João Mário Grillo sobre os ensaios da peça e duas conferências: “A Escrita e a Encenação nas peças de Tilly”, por François-Louis Tilly e Jean Pierre Tailhade e “Escrever para o Teatro Hoje”, por François-Louis Tilly.”
Com efeito, Charcuterie Fine suscita alguma perplexidade: obedece às regras da tragédia clássica, unidade de lugar, de tempo e de acção, vinte e quatro horas na cozinha de uma família, porém, como sugere Anne Ubersfeld, não há a certeza de que seja uma tragédia porque a ideia de destino está ausente.” (Maria Helena Dá Mesquita, O Diário, 17-10-1987)
[…] a permanente oscilação entre verismo (café, pão, água corrente das torneiras) e “teatro” (as alfaces não se encontram sujas de terra e não sujam o chão, o ferro de engomar é guardado “quente” dentro do armário, etc.), com marcações entre o “simbolismo” e o “naturalismo”, as interpretações extraordinariamente pouco convincentes (o programa de televisão no mínimo ridiculamente construído), fazem deste espectáculo inaugural da temporada do ACARTE um penoso exercício de mal-estar. (Expresso, 17-10-1987)
Desde a sua criação, vem o ACARTE desempenhando um importante papel na dinamização da actividade teatral portuguesa, tendo produzido alguns dos mais significativos especátculos das ultimas temporadas. Apostando, correctamente, em montagens de características experimentais, embora não radicais, o ACARTE permitiu o aparecimento de objectos teatrais que seriam pouco viáveis no quadro do trabalho da generalidade das nossas companhias estáveis. Naturalmente que uma orientação deste tipo comporta uma parte de risco e nem sempre os espectáculos correspondem integralmente às expectativas. Será o caso de Charcuterie Fine, de François-Louise Tilly (José Valentim Lemos, DN, 25/10/87)
Ficha Técnica
De
FRANÇOIS-LOUIS TILLY